sábado, 23 de março de 2013

Ainda vou me acostumar com esse negócio de blog...kkkk

Resumo parcial do artigo INTERVENÇÕES EM PSICOLOGIA ESCOLAR: Ressignificando as relações institucionais.

Mayara Espagnolo Sampaio (Uni-FACEF)
Suzi Mara Freitas (Uni-FACEF)
Fabiana Fernandes Teixeira (Uni-FACEF)

2ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

                Diariamente, a professora M. H. passa atividades na lousa, e enquanto os alunos realizam as tarefas, ela corrige os exercícios que foram feitos em casa, e quando a maioria termina, ela corrige a atividade na lousa. O reforço escolar é feito no horário de aula, fazendo com que os alunos que apresentem dificuldades, fiquem constantemente atrasados em relação ao restante da sala.
                Nas aulas de educação física a professora pede que alguns alunos permaneçam na sala de aula, para que ela possa ensinar novamente a matéria e tirar possíveis dúvidas, e faz com que os alunos sentem em duplas, onde alunos que não possui dificuldades com relação à matéria ajude um aluno com dificuldades, entretanto, esse método não é eficaz, devido às brigas que acontecem entre as duplas.
                M. H. leciona na presente escola há nove anos. Já se aposentou pelo estado, e agora está tentando fazer o mesmo pela prefeitura. Ela fez magistério com especialização em coordenação e direção, e se graduou em pedagogia e matemática, no entanto, relata não gostar de dar aulas para o colegial. A maior dificuldade que a professora relata é trabalhar com todas as crianças ao mesmo tempo, já que as crianças estão em níveis diferentes de aprendizagem.
                A sala de aula é composta por 24 alunos, e o clima entre os alunos é de competitividade, superioridade, e falta de companheirismo, e sente constantemente necessidade em mostrar quem lê melhor e quem sabe a matéria, e devido a isso, alguns acabam classificados como “os melhores”.
                A relação entre professor e aluno pode ser caracterizada como de medo por parte dos alunos, devido às ameaças da professora em mandá-los para a direção, além de gritar com toda a turma exigindo que todos fiquem quietos.
                A professora também critica os pais por não ajudarem seus filhos com o dever de casa, e os culpa pela má qualidade do material escolar que compram, e julga que as famílias são desestruturadas.
Intervenção proposta pelos alunos do 5° período de Psicologia da Faculdade da Amazônia.
                É sugerido que a professora M. H. aguarde todos os alunos concluírem as tarefas de sala para corrigi-las, assim os alunos poderão acompanhar a correção, questionar sobre os conteúdos e esclarecer as dúvidas. O reforço deve ser realizado em momento e local apropriado, e não durante o horário de aula onde está sendo ministrados novos conteúdos, evitando um acumulo de informações em curto espaço de tempo, para não provocar mais atraso no desempenho escolar desses alunos.
                As aulas de educação física além de exercitar os alunos é um momento de descontração e interação, por isso é necessário que elas aconteçam. Fazer com que os alunos que apresentem dificuldades permaneçam em sala para revisar conteúdos é desmotivador, e pode se caracterizar como uma punição e estigma dos mesmos.
                Para melhor rendimento entre os alunos, as duplas para estudos pode ser escolhidas pelos mesmos, motivados pela afinidade que um tem com o outro, auxiliando na interação, troca de informações, otimizando o aprendizado.
                A professora M. H. poderia buscar nova motivação para lecionar, além de sua própria aposentadoria, para que seu comportamento não interfira e nem prejudique o aprendizado dos alunos. Os diferentes níveis na aprendizagem são comuns, para solucionar este problema é necessário, como citamos anteriormente, reforços em horários e locais apropriados, e somente com os alunos que apresentem dificuldades, para que estes possam melhorar seus níveis de conhecimento, em relação ao restante da turma.
                A competitividade saudável é imprescindível para um bom rendimento escolar, o contrário causará frustração e disputas desnecessárias. A professora poderá buscar mecanismos para cultivar um clima mais agradável na sala, com atividades em equipe, trabalhar dinâmicas que lhes apresentem a importância que cada um possui no grupo, aumentando a confiança e a autoestima desses alunos.
                A autoridade do professor é fundamental para manter uma sala disciplinada, e para exercer esta autoridade, não é necessário gritos e nem mesmo ameaças constantes, todavia sabemos que a punição surtirá efeito somente na presença do ameaçador, e que em sua ausência a turma voltará a emitir seus comportamentos de indisciplina. É necessário que a professora resgate sua autoestima e sua autoridade perante a turma, com maneiras mais assertivas de trabalho, empenho e respeito, buscando conhecer as dificuldades para auxiliar conforme a demanda de cada um dos alunos.